Como a Evolução da Tecnologia e Dados Está Transformando o Agronegócio Brasileiro

por | jan 27, 2025 | MKPE Entrevista

No episódio #87 do MKPE Entrevista, Elaine Costa conversa com José Damico, CEO e fundador da SciCrop, uma empresa pioneira no uso de inteligência de dados e algoritmos de inteligência artificial para revolucionar o agronegócio brasileiro. A conversa aborda a integração da tecnologia em um setor essencial para a economia do Brasil e a alimentação global: o agronegócio.

José compartilha insights estratégicos sobre como as empresas podem melhorar a produtividade, sustentabilidade e eficiência, mesmo diante de desafios climáticos e econômicos. Continue lendo para descobrir como o Brasil se posiciona no cenário global do agro e como as inovações tecnológicas estão transformando o setor.

A Necessidade de Transformação Digital no Agronegócio

“Eu, empresa de produção agrícola, estou me transformando numa empresa de dados.” – José Damico

O agronegócio brasileiro, historicamente associado a práticas manuais, passa por uma transformação digital sem precedentes. Segundo José Damico, a digitalização no setor não é mais opcional, mas sim uma questão de sobrevivência. Empresas agrícolas precisam adotar ferramentas modernas de coleta e análise de dados para enfrentar mudanças climáticas e complexidades econômicas.

Essa transição digital aumenta a eficiência operacional e permite prever cenários críticos com maior precisão. A transformação digital no agronegócio é fundamental para produtores que desejam prosperar em um mercado competitivo, exigindo uma nova mentalidade empresarial no setor.

Dados: O Novo Petróleo do Agronegócio

“Toda empresa do agro deveria estar pensando: nós temos contratos com empresas de satélite que fornecem dados atualizados das nossas áreas a cada 24 horas.” – José Damico

Os dados estão se tornando o recurso mais valioso no agronegócio brasileiro. Imagens de satélite, sensores climáticos e outras fontes de informação são utilizados para planejar safras e reduzir perdas. José enfatiza que a estruturação e o uso estratégico desses dados são essenciais para aumentar a rentabilidade no setor.

Empresas que não investirem em tecnologia de dados correm o risco de ficar para trás. O grande desafio, segundo Damico, não é apenas coletar dados, mas integrá-los de forma eficiente para tomar decisões informadas e melhorar a competitividade.

Sustentabilidade Alinhada à Alta Produtividade

“Se o produtor for mais eficiente e sustentável, ele claramente pode aumentar sua receita.” – José Damico

A sustentabilidade é uma prioridade no agronegócio, tanto para atender às demandas do mercado quanto para garantir o futuro do setor. Práticas como a reutilização de subprodutos agrícolas — por exemplo, a fertirrigação com vinhaça ou a geração de energia com bagaço de cana — ajudam a reduzir custos e aumentar lucros.

Além disso, a exigência por práticas sustentáveis de mercados internacionais torna essa abordagem indispensável para produtores que desejam manter a competitividade global. O etanol brasileiro é um exemplo de como o agronegócio sustentável pode beneficiar o mercado interno e global.

Como Grandes Empresas Moldam o Futuro do Agronegócio

“Grandes empresas querem coletar melhores dados, desde o número de funcionários até o tipo de semente utilizado.” – José Damico

As grandes empresas desempenham um papel crucial no avanço do agronegócio brasileiro. Elas fomentam inovação e tecnologia, além de fornecer infraestrutura e suporte para pequenos e médios produtores. A rastreabilidade e a precisão nos processos são exigências das corporações que, em contrapartida, permitem aos produtores melhorar sua eficiência e aumentar os rendimentos.

Na SciCrop, a missão é organizar e integrar esses dados, assegurando que toda a cadeia do agro se beneficie da transformação digital.

Barreiras: Conectividade e Infraestrutura

“Você não leva a colhedora no tanque, no posto de combustível, né?” – José Damico

Apesar de ser uma potência no agronegócio, o Brasil enfrenta barreiras que limitam o avanço tecnológico, como a falta de conectividade em regiões produtoras. A ausência de redes robustas dificulta o uso de tecnologias em tempo real. Além disso, a infraestrutura limitada, como oficinas nas fazendas e energia confiável, também representa desafios.

Superar essas barreiras requer colaboração entre produtores, corporações, governo e startups que atuam no desenvolvimento de soluções para o interior do país.

Valorizando o Legado Brasileiro no Agro

“Temos que valorizar nossas instituições porque elas representam a dedicação dos brasileiros.” – José Damico

O Brasil é líder mundial em ciência agrícola, resultado de décadas de investimentos de instituições como a Embrapa e o Instituto Agronômico de Campinas. Essas organizações são responsáveis por avanços significativos, como o desenvolvimento de novos híbridos e métodos agrícolas inovadores.

José enfatiza que esse legado é uma base sólida para futuras inovações, posicionando o Brasil como referência global no agronegócio sustentável e tecnológico.

Conclusão

O agronegócio brasileiro está em constante evolução, impulsionado por tecnologia, dados e práticas sustentáveis. A conversa com José Damico destaca a necessidade de transformação digital no setor para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades globais.

Empresas que investirem em tecnologia e dados estarão na vanguarda da inovação, contribuindo para um agronegócio mais eficiente, sustentável e competitivo. Para saber mais, acompanhe José Damico e a SciCrop no Linkedin e continue seguindo o MKPE Entrevista para conversas transformadoras como esta.


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