Nesse artigo vamos falar sobre um assunto muito interessante e relevante para qualquer empresário: o design comportamental. Em tempos de inteligência artificial, muitas vezes subestimamos o valor do design, pensando que qualquer um pode fazer. No entanto, o design vai muito além de um simples logo ou identidade visual. Para nos aprofundar neste tema, recebemos Iris Caruso, designer comportamental e neurocientífica.
A Jornada de Iris Caruso
A trajetória de Iris no design é fascinante. Ela começou sua carreira acadêmica na biologia, com foco em neurociência, mas rapidamente percebeu que não era seu chamado. “Sempre quis trabalhar com a área neurocientífica, mas percebi que não era aquilo que eu queria”, disse Iris. Após algumas mudanças de curso, ela se encontrou no design. “Me formei em desenho industrial, mas, com a crise econômica, me adaptei ao design gráfico e aos games.”
Durante sua carreira, Iris descobriu uma habilidade única: a capacidade de escutar ativamente seus clientes e traduzir suas personalidades em arte. “O que meus clientes gostavam era a minha escuta ativa. Eu sentava, escutava o que eles queriam, como eles eram, e começava a traduzir essa personalidade para a minha arte,” explicou Iris.
“Eu sentava, realmente escutava o que eles queriam, como eles eram, e começava a traduzir essa personalidade para a minha arte.”
Design Comportamental e Neurocientífico
O design comportamental e neurocientífico é uma área específica e profunda. Enquanto o neuromarketing se concentra em gatilhos mentais, Iris foca na tradução da essência da pessoa ou marca para o visual. “Eu não pergunto ao cliente como ele quer seu logo; eu pergunto quem ele é, o que ele mais gosta em si mesmo, como foi sua trajetória,” disse Iris. Esse método único permite criar identidades visuais que realmente refletem a essência de uma marca.
A Importância do Branding
O branding é crucial para qualquer empresa. Uma logo deve contar uma história, transmitir um sentimento e refletir a percepção do negócio. “Cada cor, símbolo e forma tem uma explicação. A identidade visual deve contar uma história,” afirmou Iris. Grandes marcas, como Coca-Cola e McDonald’s, passaram por rebrandings, mantendo elementos consistentes que reforçam suas identidades ao longo dos anos.
Estratégias de Mercado e Personalização
A adaptação de produtos e marcas para diferentes públicos e regiões é essencial. Iris compartilhou um exemplo pessoal: “Minha família tinha uma loja de utilidades domésticas em São Paulo e abriu uma filial em Santos. Os mesmos produtos não vendiam da mesma forma nas duas cidades. Adaptamos nossa oferta para atender melhor o público local.”
Além disso, o registro de marca é fundamental para proteger a identidade visual. “Temos uma cultura muito ruim de não registro. Muitas empresas investem em identidade visual sem registrar a marca, o que pode resultar em problemas legais sérios,” alertou Iris.
Inteligência Artificial no Design
A inteligência artificial (IA) é uma ferramenta valiosa no design, mas não substitui o toque humano. “Eu vejo a IA como um recurso, não como um concorrente,” disse Iris. Ela citou um exemplo de um projeto onde a IA ajudou a criar avatares para funcionários, mas o toque humano foi necessário para personalizar os detalhes.
Conclusão
O design comportamental e neurocientífico é essencial para criar uma identidade visual que realmente conecte com o público. Se você quer que sua marca se destaque, entre em contato com Iris Caruso. Ela ajudará a traduzir a essência da sua empresa em uma comunicação visual atraente e eficaz.
Equipe de Redação da @MKPE